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Saíamos do Ginásio Batista, descíamos pela Rua Meira e Sá e íamos direto para a “Bodega” do Seu Heráclito. Tinha um balcão de madeira bastante velho, abaulado, umas poucas cadeiras e uma geladeira antiga de 02 portas. Fazíamos isso sempre às sextas feiras à tarde, quando algum professor faltava (geralmente últimos horários). Devia ter uns 13 a 14 anos mas depois de por um cigarro continental na boca, me sentia quase um adulto. Aderbal Camarão, meu colega de sala e parceiro de farras , era muito mais forte que eu porque praticava musculação acompanhando as revistas de “Joe Weider” (quem não lembra ?) e era o “cara” respeitado por todos. Com pouca grana, tomávamos umas “doses de cana” , fumávamos uns cigarros e nos sentíamos quase adultos. Era a década de 70 e os adolescentes daquela época sequer sabiam o que era a ditadura, repressão...Naqueles anos tomar umas e fumar um cigarro escondido dos pais era o “máximo” para nós. Hoje a coisa é muito diferente.
Texto: João Brito
Imagem: Blog
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