domingo, 25 de março de 2012

Velas Brancas do Potengí.

Quando ainda existia a antiga ponte de ferro, muitos habitantes da Zona Norte preferiam viajar em barcos à vela, principalmente os das praia da Redinha, Santa Rita, Genipabú (ia-se de barco e depois à pé pela beira mar ou sobre as dunas). Não havia onibus e os poucos veículos "de passeio" que haviam não se atreviam a circular naquela região devido às péssimas estradas (areia/barro) e a travessia complicada e demorada na Ponte de Ferro. Zarpava-se do pequeno cais da Av. Tavares de Lira até o ancoradouro na Praia da Redinha, próximo ao Mercado Velho. Embarcar e desembarcar por sí só já era uma grande aventura porque ao menor vacilo, caía-se no rio. Eram barcos enormes,com bancos transversais, muito maiores que esse que ilustra a foto. Em um determinado ano, toda a nossa familia "veraneou" em uma casa na Beira Mar na Praia da Redinha... Fiz muitas viagens. Eu preferia demorar mais do que ter que ir de onibus ou carro. Era uma maravilha: O barco cortando a água, a vela cruzando por sobre as nossas cabeças...Silencio...Uma terapia. A viagem durava pouco mas sempre era como se fosse a primeira vez... Depois vieram os barcos a motores, depois a nova ponte sobre o Rio Potengi, depois a duplicação da ponte, depois a ponte Forte-Redinha... e finalmente, menos e menos barcos à vela singrando as águas do nosso Potengi. Os prédios ao fundo mostram que os tempos são outros. Texto: João Brito Imagem: Internet

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