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sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Fernando de Noronha:Território do RN roubado no Governo do famigerado Zé Sarney.
É lugar-comum chamar Fernando de Noronha de paraíso. Ironicamente, poucos hoje se lembram que esse conjunto de 21 ilhas e ilhotas foi, por 201 anos, um presídio infernal.
De acordo com a história oficial, o arquipélago foi descoberto em 1503 por Américo Vespúcio, o intrépido navegador florentino que deu nome à América.
Isso ocorreu quando, integrando a segunda expedição exploradora da costa brasileira, capitaneada por Gonçalo Coelho, Vespúcio aportou no arquipélago.
Mas, como nem tudo é pacífico na história dessas ilhas de exuberante vida submarina na costa brasileira, Vespúcio não deve ter sido o primeiro europeu a visitar o local.
O mapa do espanhol Juan de la Cosa, de 1502, e o atlas do português Alberto Cantino, de 1503, já delineiam perfeitamente as ilhas, dando margem a dúvidas sobre de quem seria o pioneirismo.
É certo, entretanto, que, em 1504, o cristão-novo Fernan de Loronha, financiador de Gonçalo Coelho, foi designado por Portugal donatário da capitania hereditária -e jamais esteve ali.
Estratégico na travessia dos europeus rumo à América do Sul na época das navegações, o arquipélago de Fernando de Noronha também foi chamado em algumas cartas de ilha da Quaresma, de ilha dos Golfinhos e de ilha de São João. Dependia do invasor, e esse papel coube sucessivamente a holandeses, franceses e ingleses. O local voltou ao domínio português em 1737.
História recente
Entre 1938 e 1945, Fernando de Noronha foi um presídio político. O ex-governador pernambucano Miguel Arraes esteve preso ali.
Uma das conseqüências da utilização do arquipélago como colônia penal foi o desmatamento. Para evitar que os presos pudessem fabricar jangadas, foram arrancadas árvores. Mas outras "experiências" modificaram o ambiente local indelevelmente: a importação do teju, um tipo de lagarto, para eliminar as ratazanas que vinham nos navios, fez escassear ovos de aves e de tartarugas.
Já as trepadeiras jitiranas, introduzidas a pretexto de alimentar o gado, multiplicaram-se mais do que o desejável.
Em 1942, quando os EUA entraram na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o Brasil concordou que os norte-americanos lá montassem uma estação para rastreamento aéreo na vila do Boldró, onde fica o hotel Esmeralda.
Fernando de Noronha passou, na prática, à condição de Território Federal, condição confirmada pela Constituição de 1945.
Quando o arquipélago se livrou da sua função de presídio, o então presidente Juscelino Kubistchek lá esteve, em 1957.
Nos anos seguintes, as Três Armas passaram a administrar o arquipélago em regime de rodízio.
Em 1987, no governo de José Sarney, o jornalista Fernando César Mesquita foi nomeado governador, tendo sido o único civil a desempenhar a função. No ano seguinte, a Constituição devolveu a jurisdição ao governo do Estado de Pernambuco.
Fernando de Noronha, que deixou de ser um Território Federal em 1988, para fazer parte do estado de Pernambuco, está a 360 km de Natal e 545 de Recife, e vem conseguindo sobreviver a cinco séculos, sem uma exploração sem controle, com condomínios de luxo e lotada de gente. Ocorre que a migração é controlada com rigor imenso para evitar a superpopulação, onde até mesmo os turistas são contados, só podendo entrar 460 por dia, pagando uma taxa que serve para gerar recursos para a ilha, e ao mesmo tempo, desestimular as permanências mais longas, cuja cobrança é progressiva e pode chegar a um patamar altíssimo, sem contar que somente 3.000 pessoas moram na ilha: 500 são nascidos na ilha, e os outros são noronhenses adotivos, que foram para lá a trabalho, ou então ganharam o direito de residência casando-se com algum nativo.
Transcrito: Folha On Line e Jornal Cidade de São Carlos
Essa é a história de Fernando de Noronha...
O caso é que pela proximidade de Natal RN (360 Kms) deveria pertencer ao RN e não a PE (545 Kms)...mas para não fugir a regra,o câncer maligno do Brasil e Imperador funesto do Maranhão o escritor mediocre José Sarney, resolveu inverter a naturalidade da geografia e através do proselitismo político, numa atitude desavergonhadamente demagógica entregou-o ao Estado de Pernambuco...
Tanto é verdade que no caso do Airbus da Air France recentemente, todas as operações navais e aéreas partiram da Base Aérea de Natal/RN e não de Recife/PE.
Outro fato é que os vôos comerciais e militares para Fernando de Noronha, bem como a maioria dos suprimentos parte também de Natal RN e não de nenhuma outra Cidade.
Sendo assim, os políticos do RN deveriam reinvindicar ao Governo Federal a devolução de parte do nosso Território, mas não o fazem e nem tomam essa iniciativa porque não amam a terra potiguar e nem por ela possuem nenhum interesse de benefício a não os seus próprios e de seus clãs....
A classe política do RN é uma vergonha.
Texto Final: João Bryto.
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