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domingo, 14 de setembro de 2014
Escoteiros Andantes: Natal - Rio de Janeiro - São Paulo à pé. Foi essa a incrivel aventura de cinco jovens potiguares em 1923.
Um escoteiro caminha com as próprias pernas”. Todo jovem que ingressa no escotismo – movimento educacional extraclasse criado pelo lord inglês Robert Stepherson Smyth Baden-Powell (1857-1941), em 1907 – conhece a frase, dita pelo jovem escoteiro Caio Martins. Nascido em Matozinhos, Minas Gerais, a 13 de julho de 1923, Caio Viana Martins faleceu em Barbacena, no mesmo Estado, a 20 de dezembro de 1938, depois de sofrer um grave acidente ferroviário, envolvendo dois trens, na madrugada do dia anterior. Quando lhe ofereceram ajuda em uma maca - e vendo a deficiência de transporte e a necessidade de socorrer outros companheiros feridos, dispensou a ajuda. Na recusa proferiu a célebre frase acima que o imortalizou. Contudo, esse herói brasileiro só é conhecido por dar nome ao Estádio de futebol de Niterói, Rio de Janeiro, onde o Botafogo de Futebol e Regatas viveu tantas glórias.
Curiosamente, sete meses antes de Caio Martins nascer, ou seja: no dia 14 de janeiro de 1923, cinco jovens norte-rio-grandenses partiram de Natal – mais precisamente do Grande Ponto - em direção ao Rio de Janeiro e São Paulo, a pé. Aqueles heróis foram os jovens José A. Pessoa, Humberto Lustosa da Câmara, Henrique D. Borges, Agnaldo Vasconcelos e Antônio G. da Silva.
A jornada não foi nada “romântica”. Ao contrário: longa e sofrida; enfrentando índios, em Alagoas e Bahia (nesse último Estado se perderam e chegaram a caminhar em circulos), fome e sede. Finalmente os rapazes chegaram às margens da Baia de Guanabara. A travessia foi feita a nado e contou com o total apoio logístico da Marinha do Brasil - desde coletes salva-vidas, botes de acompanhamento e mergulhadores de prontidão em uma embarcação de combate naval. Alcançaram o solo da “Cidade Maravilhosa” no dia 2 de agosto daquele ano. Foram recebidos como heróis. Em um banquete foram recepcionados por autoridades, maravilhados com aquela épica aventura. De lá os cinco rapazes seguiram para a próxima etapa a ser vencida: a cidade de São Paulo. Chegaram no dia 2 de setembro. Curiosidade: cerca de uns nove quilômetros antes do ponto de chegada, na terra paulistana, o povo foi para a beira da estrada saudar, e acompanhar, aqueles bravos jovens que passaram a História como “Escoteiros Andantes”. Indiscutivelmente é dos maiores feitos na história do país. Eu costumo dizer que se fosse um trajeto contrario, por sua importância histórica, era descrita em livros didáticos da História do Brasil.
Fonte: Texto extraído do Blog de Chico Potengi
Fui Escoteiro do Grupo de Escoteiros do Mar Almte. Ary Parreiras nos anos 70 e tive o grande prazer de conhecer e conviver um pouco com um desses Escoteiros Andantes, o Grande Chefe Escoteiro Andante Humberto Lustosa.
Fiquei feliz em saber que atualmente existe um Grupo Escoteiros com o nome de tão ilustre Persona.
Chefe Humberto vez em quando participava de algumas caminhadas, atividades e acampamentos conosco e mesmo com idade já avançada era muito disposto, seus passos eram firmes, tinha espírito de um Jovem e uma disposição de causar inveja a nós escoteiros e adolescentes.
Numa dessas caminhadas numa bela manhã de domingo nos arredores da Grande Natal em um trecho da linha do trem rumo à uma localidade chamada boágua ou barreiras, desatamos a rir com suas histórias, causos e piadas. Foi uma manhã inesquecível.
Sempre que lembro do Grande Chefe Humberto Lustosa sinto uma grande alegria porque era isso mesmo que ele transmitia a todos com o seu grande , imenso e generoso sorriso e bom humor.
Saudações Grande Chefe ! Sempre Alerta !
Texto Final: João Brito
Imagem: Internet
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