Bullying, nos dias de hoje e de ontem.

Antigamente nas Escolas ninguém nem sonhava o que danado significava a palavra "bullying"...Longe disso.
Todo mundo tinha apelido, escondiam-se os pertences uns dos outros, tinha briga na saída da escola, neguinho perdia as "bilas" (bilocas, bolas de gudes) e nunca mais as achava...
Era apelido de tudo o quanto era jeito: Ricardo Geladeira, Lagartixa, Alemão, Braço de Radiola, Vela Branca, Camarão, Marco Furiquinho, Marco Pimbão, Goiaba, Groselha, Ari Cabeção, Marco Pombão (tinha marco pra caramba) e muitos mais...
Pois bem: Nos intervalos das aulas tinha uma pelada de uns 15 minutos que era uma loucura...dava briga pra dedéu... que eu me lembre nunca teve essa "frescurada" toda de psicologia educacional, nem tampouco tinha esse negócio de depressão, "emos" ou coisa parecida...
Esse negócio de aluno ficar constrangido e humilhado por conta de qualquer besteirinha, não existia mesmo...Se o cara era sacaneado por um colega, depois ele sacaneava outro e ficava tudo bem...
Quase nunca ninguém sabia quem era ou não viado ou sapatão porque tanto os meninos as meninas queriam mesmo era brincarem, se divertirem...
Neguinho levava cascudo, andava em "corredor polonês", levava "cama de gato"...e depois todo mundo continuava "amigo", mesmo que uns dias depois se "vingasse do cara".
Não tinha jogos eletronicos, internet, celulares, mp3, mp4...tudo era na base do "a vera"...
Menina brincava de amarelinha, queimada, volleyball...Menino jogava futebol, bola de gude, colecionava figurinha, e se escondia para ver as mulheres peladas das "revistas suecas" , ou então se divertia com os "catecismos" e as histórias de "João Cavalo".
Quem era "pequeno" que tratasse de brincar com os de seu "top"...quem era "grande" que fosse procurar a turma dos "grande"...ninguém se misturava e todo mundo estudava e brincava feliz.
Em casa quem desobedecesse Pai ou Mãe, levava castigo e apanhava de Cinturão, Fio de Ferro de Passar, Chinela de Couro e o remédio infalível: A Palmatória (a Maior e melhor das Piscopedagogas e Educadoras de todos os tempos).
Talvez isso justifique o desespero dos Pais hoje em dia, porquanto perderam a autoridade sobre seus filhos: "Quem não faz filho chorar, depois chora por eles".

Foto Ilustração: Internet.

Texto: João Bryto.