Minha mãe era uma florzinha...vivia rodeada de flores, rosas e plantas das mais diversas...Era comum a companhia de beija- flores, bem-te-vis, pardais e outros pássaros enquanto conversávamos distraidamente no alpendre da nossa casa.
Herdei dela o hábito da homeopatia, dos chás, das ervas...era tudo muito interessante:
- Babosa para queimaduras e ferimentos, Chá de limão, alho e eucalipto para gripes e resfriados, Camomila pra acalmar, Boldo para o fígado e estômago e uma Garrafada de Ervas para tosse e expectoração; Sal, Água morna e Vinagre para gargarejar nas infecções da garganta e muito mais remédios caseiros que agora não me vem a cabeça...
Dona de casa exemplar, boa conselheira, costurava e consertava nossas roupas, cuidava com capricho da alimentação e saúde de toda família, além de nos ter ensinado as primeiras lições da escola...
Dona de casa exemplar, boa conselheira, costurava e consertava nossas roupas, cuidava com capricho da alimentação e saúde de toda família, além de nos ter ensinado as primeiras lições da escola...
De natureza simples e inteiramente desprovida de vaidades, dispensava o uso de jóias, brilhantes, ouro, etc...porque “não gostava de juntar essas coisas” , como ela mesmo afirmava.
Ex-Professora, tinha um letra (caligrafia) belíssima, e por ser tão caprichosa, pintava quadros á óleo, tecidos, panos de mesa e os dava aos filhos, amigas e vizinhas.
A natureza era o tema principal.
Ontem (véspera de finados) fui ao cemitério deixar sobre a sua lápide um pequeno vaso de flores amarelas e agradeci a Deus por tê-la colocado na minha vida.
Texto: João Brito
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Saudades eternas!
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